sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Baixada Santista na 6º Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília


A CUT Subsede Baixada Santista marcou presença na 6º Marcha da Classe Trabalhadora, saindo no dia 10 da Praça José Bonifácio Centro de Santos, seguindo rumo Brasília com cerca de 40 sindicalistas.


A sexta edição da manifestação, que nos anos anteriores foi fundamental para implementar uma política de valorização do salário mínimo no Brasil, contou com 50 mil trabalhadores, que começaram a se concentrar desde as 7h no estacionamento do estádio Mané Garrincha, próximo ao Eixo Monumental. Por volta das 10h, deram início à caminhada rumo ao Congresso Nacional.

Neste ano, as centrais definiram seis eixos unificados: exigir que o Congresso aprove o PL 01/07, que efetiva a política de valorização do salário mínimo; novo marco regulatório para o pré-sal, que garanta soberania nacional sobre a exploração e o uso dos recursos, destinando-os a políticas públicas de combate às desigualdades sociais e regionais; atualização dos índices de produtividade da terra e aprovação da PEC 438/01 contra o trabalho escravo; ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT; aprovação do PL sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho e, principalmente, redução da jornada sem redução do salário.

Além dos militantes do movimento sindical, a mobilização levou também outros representantes dos movimentos sociais ao Distrito Federal, representados pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).

Parlamentares do campo democrático e popular também marcaram presença e manifestaram apoio às reivindicações.

Por volta das 11h, a marcha estacionou diante do edifício do Congresso. Presidente nacional da CUT, Artur Henrique, explicou os resultados positivos da aprovação de cada eixo da pauta da classe trabalhadora pelos parlamentares, em especial da valorização do salário mínimo. “Mais de 43 milhões de brasileiros vivem com um salário mínimo, sendo 18 milhões de aposentados. Esse povo espera e quer que o Congresso aprove a política de valorização do salário mínimo, que foi fruto da mobilização das centrais, para garantir que a valorização do mínimo permaneça até 2023, fazendo com que isso não seja uma política apenas do governo Lula, mas também de Estado”, defendeu.

Antes de Artur encerrar o ato em nome da CUT, diversos dirigentes da Central falaram sobre o carro de som, destacando a importância de cada bandeira e exaltando a unidade das centrais nesta Marcha.

A seguir, os cerca de 30 mil cutistas seguiram para a Praça dos Três Poderes, onde encerraram a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora. Diante da sede do STF, protestaram contra o interdito proibitório, instrumento que a Justiça concede para frear a mobilização dos trabalhadores, e a criminalização dos movimentos sociais.