segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DEBATE SOBRE SAÚDE PÚBLICA – Calendário de Mobilizações

Começou nesta segunda-feira, 26 de outubro, um ciclo de debates promovido pela CUT – Central Única dos Trabalhadores, juntamente com os Movimentos Sociais e o Partido dos Trabalhadores.

As rodadas de discussões vão ser realizadas em 21 regiões do estado de São Paulo, entre elas a cidade de Santos. O primeiro debate é sobre a Saúde Pública no Estado. O objetivo é expor a situação, muitas vezes precária, do atendimento à população e, através da troca de idéias, apresentarem propostas para que o contribuinte e os menos favorecidos tenham um tratamento médico mais digno.

Nesse primeiro debate o convidado Deputado Estadual do PT, Fausto Figueira, presidente da comissão de saúde do Estado, apresentou o quadro de recursos disponibilizados à saúde Regional na Baixada Santista, nos últimos dois anos. Explanou aos participantes que a saúde publica na Baixada Santista aparece em todas as pesquisas de opinião como um dos problemas mais graves identificados pela população. Dados Colhidos pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Analise de Dados) e pelo Datasus (base de dados do Sistema Único de Saúde) confirmam a percepção dos pesquisados e mostram que a região apresenta os piores índices de saúde do Estado. A mortalidade infantil alcançou, em 2007, um índice de 47% maior que a média paulista, com 18,43 mortes por cada mil nascidos vivos. No mesmo ano a Baixada apresentou o maior coeficiente de mortalidade de mulheres fértil, com 141,55 mortes a cada 100mil mulheres, contra a media estadual de 117,65. A população da Baixada vive menos. Os últimos números disponíveis mostram que a esperança de vida ao nascer em nossa região é de 68, 76 anos, a mais baixa de todas.

A Baixada também lidera outros rankings negativos, detém a maior taxa de tuberculose e, em 2007, os indicadores locais eram 2,5 vezes maiores do que a média estadual.Os esforços para combater a AIDS reduziram a incidência da doença em todo Estado, mais foi na Baixada que o vírus mais matou. Ainda não se conhece a razão, mas estudos realizados mostram que a mortalidade por câncer em nossa região é também a maior de São Paulo.

As condições que produzem este quadro extremamente alarmante são complexas. Têm origem socioeconômica, ambiental, genética, entre tantas outras hipóteses. Mais não há como desconsiderar a relação desses números com os baixos investimentos do Governo do Estado na área da saúde da Baixada Santista.

O debate contou também com a presença da assessoria da Vereadora Telma de Souza (PT), Léo Obama representante do Conselho Estadual de Saúde, Idreno Almeida representante do Conselho Municipal de Saúde de Santos, Luiz do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase, Arionilde Torres da Pastoral da Criança, Maira Alonso da Fundação SETTAPORT, Marcio Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Coordenação do SINTAPI Baixada Santista, Diretores do SETTAPORT, Vereadora Regina, que contribuíram com o debate compartilhando as dificuldades e apontando diretrizes para a melhora no atendimento de saúde à população